Tenho de
começar por vos fazer uma confissão. Devo ser das poucas mulheres
portuguesas que não leu nenhum dos livros das 50
sombras de Grey.
Ouvi falar muito,
muito mesmo! Mas nada que me levasse até à livraria mais próxima para comprar
os livros. Nunca pensei em dar dinheiro por um livro daqueles. Não vos vou
mentir e dizer que não tinha curiosidade. Porque tinha. E olhem que eu não sou
daquelas pessoas que não leu porque me acho muito intelectual e que por isso que não
lê deste tipo de livros. Eu leio um pouco de tudo. Desde literatura pura a
coisinhas mais soft, e
isso não é vergonha nenhuma. Este livro não me cativava. Mas uma coisa é certa,
deixou-me intrigada. Vendeu mais de 100 milhões de exemplares a nível mundial!
Por alguma razão será!
Quando ouvi dizer que ia
sair o filme fiquei um bocado de pé atrás. O que iria sair dali? Uma amiga já me tinha contado
o enredo. Pensei para cá com os meus botões: será que uma história
daquelas ia "aguentar" ser transformada num filme? É que tirando as cenas de sexo, não
há muito para contar.
Christian
Grey é o sel-made-man perfeito. Jovem
milionário. Empresário de sucesso. Sex-appeal
em pessoa. Com um segredo escondido. Anastasia Steele é uma estudante de
Literatura. Virgem. Tímida. Com dificuldade em relacionar-se com o sexo oposto.
A típica romântica que acredita que o amor pode ultrapassar qualquer barreira.
A pedido
de uma amiga, Anastasia vai entrevistar Christian Grey. Descobre um homem
fascinante que, espantosamente, se interessa por ela. Annastasia vai-se
apercebendo que Christian não é uma pessoa como as outras. Acaba por se ver
envolvida numa relação amorosa, erótica, emocional e… sadomasoquista (tudo ao
mesmo tempo!). Ela luta contra a frieza de Christian. Tenta mudá-lo. Continua a busca
incessante pelo amor verdadeiro. O cinema é feito de histórias de amor impossíveis e esta
é uma delas. Ou assim o parece.
40 mil bilhetes
vendidos antes da estreia. Isto em Portugal. Inacreditável! Eu tinha de
perceber o fenómeno. Tinha mesmo! A maioria das críticas
que li não eram de todo animadoras: falta de sexo e orgasmos. Nada fiel à
descrição explícita do livro. Muito aquém das expetativas.
Os que vão à
procura de sexo excêntrico vão ficar desiludidos. Menos de 15 dos 125 minutos
do filme têm cenas de sexo.
USA Today
Ninguém no filme
mostra os genitais. Christian em particular parece fazer muitas coisas sem
camisa mas com as calças vestidas, o que não pode ser confortável para um jovem
tão ativo.
Entertainment
Weekly
Só o puritano mais
empedernido ficará escandalizado.
The Guardian
Posto isto, as minhas
expectativas não eram altas. Muito, muito baixas na verdade. Tudo isto
influenciou a disposição com que entrei na sala de cinema.
O filme estreou há mais de três semanas. Não vão acreditar se vos disser
que o filme continua a lotar salas inteiras (ou se calhar até acreditam!). Na
sexta deparei-me com uma sala de cinema praticamente lotada! Até eu
fiquei impressionada!
Como não tinha lido o
livro não iria saber se a história estava a ser fiel ou não. Acho que foi por
esta razão que gostei do filme. Gostei, não vou mentir. Mas continuo sem perceber o
enorme (melhor, gigantesco!) fascínio que esta história exerce sobre milhões de
leitores e espetadores. Mas se foi um serão bem passado? Foi. E estou,
ansiosamente, à espera da sequela.
Não foram poucas as críticas negativas que li acerca das prestações dos
dois protagonistas. Tendo em conta o tipo de personagens que tiveram de
desempenhar não achei tão mau como li. Ela tinha de ser sensaborona e assim
foi. Ele tinha de ser frio (a maior parte do tempo) e assim foi. Senti., inclusivamente,
uma ligação entre eles.
E, espero bem que os rumores acerca do afastamento de Jamie Dornan sejam
falsos! Adoro o par. E adoro o Mr. Grey (e aqueles abdominais divinais!). Já
não imagino outro homem a desenrolar o papel.
Como é óbvio não se pode
agradar a grego e a troianos. Eu gostei. Há quem não goste. Mas também qual era
a piada se gostássemos todos do mesmo?
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