Estava com sono. Estava cansada. Estava com frio. Segundo me disseram o jogo não era o melhor. O estádio estava a meio gás. Não era o meu glorioso no relvado. Mas sabem que mais? Nada disso importou.
O jogo estava marcado para as oito menos um quarto. O direto de Alvalade era às seis e meia.
Um estafeta levou-me a Alvaldade. Foi a viagem mais atribulada da minha vida. O rapaz fez cada manobra (e cá a uma velocidade!). Eu só lhe dizia "olha que eu quero chegar lá inteira!". Cheguei inteira e viva (graças a deus!).
Eu não entendia aquela coisa da "magia do futebol". Agora entendo. Mas a minha magia é um bocadinho diferente. É magia com um "twist" (se fosse o meu Benfica a jogar tinha sido tudo diferente, talvez tivesse sentido a magia dos adeptos).
Sabem o que é ser tratada como jornalista? Não estão bem a ver! Aquele momento em que recebo uma credencial com o meu nome (o meu nome!!) e que por baixo diz "repórter SIC", É caso para dizer que fiquei de coração cheio (isto para não dizer histérica!). Fiquei com um sorriso de orelha a orelha. Eis a minha magia! A magia de me sentir grande mesmo sendo extremamente pequenina.
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